Dani Portela reafirma em debate que aumento da desigualdade é resultado das parcerias público-privadas
Dani Portela em debate Associação dos Docentes da UFPE - ADUFEP
A candidata Dani Portela da coligação PSOL/Rede - “Recife com a Cara da Gente”, participou de um debate acalorado dos Prefeituráveis na Associação dos Docentes da UFPE - ADUFEPE, na tarde desta quarta-feira (18), no auditório da Faculdade Federal Rural de Pernambuco. A ocasião foi uma excelente oportunidade para Dani defender com firmeza as suas propostas para o Recife. Dani iniciou a sua fala agradecendo a oportunidade e afirmando que momentos como esses fortalecem a democracia. “O debate é fundamental para que as candidaturas apresentem a sua proposta para o Recife. E o nosso objetivo aqui é convidar a todas e a todos para construírem conosco um "Recife com a Cara da Gente". Sou professora, advogada popular, venho de movimentos sociais e entendo a importância de um debate sendo realizado dentro de uma universidade pública. A educação para mim, como dizia Paulo Freire, ela sozinha não transforma o mundo, ela transforma pessoas e elas, organizadas mudam o mundo. E não à toa o nosso programa de governo foi construído dessa forma, escutando milhares de pessoas em todos os territórios do Recife. Queremos apresentar para a cidade um programa participativo, construído com muitas mãos”, apresentou Dani Portela (PSOL/Rede).
Em meio a intensas trocas de ideias com os demais candidatos, Dani Portela (PSOL/Rede) se destacou por sua postura firme e por reafirmar seu compromisso com a justiça social, o combate às desigualdades e a defesa dos direitos das populações mais vulneráveis da cidade. Ela enfatizou a necessidade de promover políticas públicas de inclusão e acessibilidade, especialmente em áreas como saúde, educação e moradia. “Hoje são mais de 20 mil famílias que vivem em áreas de risco e que passaram pela chuva de 2022. Foram mais de 130 mortes no estado de Pernambuco e 50 delas no Recife, e a atual gestão só passou a olhar para os morros depois que essas mortes aconteceram. Falar em políticas públicas de moradias é falar em enfrentar a desigualdade. Ninguém está em uma área de risco por que quer. É preciso políticas públicas que enfrente a propriedade privada que não está cumprindo a função social e fale “sim” para a desapropriação de mais de 3 mil imóveis abandonados que poderiam servir de moradia popular.”, enfatizou.
Apesar do tom elevado em alguns momentos, por parte de outros candidatos, Dani manteve o foco em suas propostas e no que considera ser o mais importante para a cidade: a construção de um Recife mais justo e igualitário. Ela também não hesitou em apontar que grande parte dos problemas encontrados hoje na cidade do Recife é culpa da política público-privada da atual gestão. “O caos que existe hoje na saúde, na falta de moradia, desigualdades e outras áreas da cidade é resultado da parceria público-privada. Sou contra a lógica das privatizações. Esse modelo de contrato de gestão com Organizações Sociais de Saúde (OSS), representa a privatização do sistema de saúde do Recife. É apenas um exemplo de que diversas áreas da cidade virou mercadoria nas mãos da iniciativa privada, que visa o lucro e na maior parte das vezes à custa de um serviço ruim e da precarização das relações de trabalho.”, apontou Dani Portela (PSOL/Rede).
A candidata ainda destacou o seu desejo de retomar o Orçamento Participativo da gestão do ex-prefeito João Paulo (PT). “Assim como o João Paulo (PT), queremos trazer o povo para o centro do orçamento e colocar a caneta na mão da população para ela decidir quais as demandas em cada território e as suas prioridades. Eu quero o povo do Recife sentado na cadeira de prefeita junto comigo. Essa construção é coletiva e participativa. É assim que nós fazemos e ocupamos a política, porque o povo sabe o Recife que agente quer, é o “Recife com a Cara da Gente.”, finalizou Dani.
Assinatura Carta Compromisso Grupo Curumim
Ainda nesta quarta-feira (18), Dani Portela (PSOL/Rede) assinou a Carta Compromisso do Grupo Curumim, onde a candidata se compromete a garantir que os direitos das mulheres e meninas sejam prioridade em sua gestão. Dani falou que, durante a sua gestão, as mulheres estarão no centro das pautas. “Recife precisa de uma gestão que coloque as pautas das mulheres no centro da elaboração e execução de todas as políticas públicas municipais, em vez de tratá-las como uma questão secundária. E vale ressaltar que 54,1% da população recifense é composta por mulheres. Apesar de serem maioria, a cidade nunca teve uma prefeita mulher e precisa de políticas públicas eficazes que atendam as necessidades delas.”, declarou a candidata.
O Grupo Curumim é uma organização civil feminista e antirracista, sem fins lucrativos ou econômicos, de âmbito nacional e com duração ilimitada, possuindo personalidade jurídica de direito privado desde sua fundação em 11 de agosto de 1989. Sua atuação é pautada no fortalecimento da cidadania das mulheres em todas as etapas da vida, promovendo os direitos humanos, a educação, a saúde integral, além dos direitos sexuais e reprodutivos, sempre com foco na igualdade étnico-racial e de gênero, na justiça social e na democracia.